quarta-feira, setembro 21, 2005

O choro é livre!

Leitores, eu quase chorei!

Lá se foi Severino, ninguém vai sentir saudades! Lembrou-me o Jânio Quadros, só faltou o “Filo porque quilo”. Pelo menos teve discurso em vez de “bilhetinho”. Se refrescarmos a memória tem muita coisa igual o Jânio. Chegou fazendo barulho, durou pouco, não fez nada de útil e acabou fazendo barulho. O que ninguém está prestando atenção é que, da mesma forma que o Jânio, o Furacão Severino vai deixar um rastro de atrasos. Muito a fazer em termos de votações e tudo a fazer em termos de articulação política.
Quase tudo que estamos vendo é culpa do Severino, explico: A falta de preparo, a falta de capacidade de negociação e a falta de capacidade gerencial levaram a Câmara dos Deputados a parar, ou melhor, a andar pra trás! No “período Severino” assistimos a um governo sem sustentação política, sem articulação. Uma Câmara dos Deputados órfã! Os escândalos foram fruto da falta de capacidade do Sr. Severino. Como um presidente da câmara pode coibir um “mensalão” se ele mesmo é responsável por um “mensalinho”? Como dar moral a uma casa já tão desmoralizada se o nepotismo é evidente? Dar aumento pra quem ganha mais de sessenta salários mínimos? Em nenhum momento Severino disse a que veio!

Logo que tomou posse ouvi um grande amigo dizer “- Elegeram o nordestino só para que ele dê o aumento, nordestino tem peito pra isto! Depois queimam ele.” Bem, meu amigo acertou em cheio! E eu, eu quase chorei....de raiva!

quarta-feira, setembro 14, 2005

Crucificar é preciso!

No mundo de hoje ninguém é santo! Devemos observar a “balança da vida”, de um lado o que fazemos de bom e de outro o que fazemos de ruim. O resultado deve ser sempre positivo.
No congresso brasileiro isto não funciona. Logo onde se deve dar exemplo de estabilidade e serenidade. Lá o que vale é a crucificação. Para crucificar é simples, basta um pretexto. Não importa passado, crença, postura e nem gestos históricos. Crucifica-se em nome da “ética”.
O que não se entende é onde fica a “ética” durante o resto do tempo. Ela só aparece na crucificação. Até porque ética é uma coisa difícil de ser interpretada pelos brasileiros. É ético receber dinheiro de empresas para bancar campanhas? Ou é ético usar dinheiro público para bancar campanhas? Nos dois casos existem diversas interpretações.
Há muito tempo venho ouvindo que datas não são as coisas mais importantes nos estudos de história. Mas hoje, 14 de setembro de 2005, foi um dia histórico sim! O dia que cassaram um homem porque ele resolveu falar a verdade! O dia que Paulo Maluf reclamou da comida na prisão! O dia em que o presidente da câmera dos deputados foi desmascarado com provas! O dia que o banco central baixou os juros (e vai me dizer que não foi um movimento político?)!
O Brasil tem uma visão de justiça tão turva que quando alguém chega para desmascarar um esquema de corrupção a primeira atitude é condenar o delator. De outro lado vemos diversas pessoas indo a público mentir descaradamente e quando a mentira é provada documentalmente ninguém faz nada. Durante as ultimas semanas vimos secretárias, empresários, políticos, marketeiros e outros mais mentirem e inventarem de tudo para a maior autoridade coletiva do país, o congresso nacional. Ninguém foi punido. Só o Sr. Roberto Jéferson! No meio de tanta confusão uma visão me vem a cabeça. Nos votamos para o legislativo e para o executivo, mas não votamos para o judiciário, deve ser por isto que não temos justiça! Em nenhum nível!

segunda-feira, setembro 12, 2005

Severino - Um Brasileiro

A "modernidade" da nossa sociedade chega aos limites! Nem os Domingos são respeitados. Ainda me lembro daqueles almoços maravilhosos na casa da minha mãe. Macarrão, frango, maionese. Bons tempos. Depois todos dormiam, quanta paz! Nos dias de hoje o que temos Domingo?
Temos a indigestão de ver nosso o excelentíssimo presidente da câmara dos deputados tentar fazer o país inteiro de bobo. Fico imaginando a acessoria de imprensa dele: "Vamos convocar a imprensa para uma entrevista Domingo a tarde, ai ta todo mundo meio mole, assim qualquer coisa vale". Só pode!
Pior é achar que "ele" acredita "nele"! Já é difícil acreditar que ele ganhou a eleição para ser o terceiro homem do país! Fazer o que?
Vivemos em um país eclético, desigual e ímpar no mundo. Devemos construir um legislativo que represente estes parâmetros. Os eleitores do Sr. Severino Cavalcante são muito diferentes dos eleitores do Sr. Gabeira. Sem defender um ou outro, mas a presidencia da câmara federal deve ser disputada por parlamentares de maior expressão nas urnas. Não se pode colocar uma democracia em ritmo "coronelista", até mesmo porque em muitos momentos seremos representados no exterior por esta figura. Se bem que o Brasil já foi representado pelo Marcos Valério.... onde vamos parar?